quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Exames, exames e mais exames!

A universidade é awesome: amigos, noites académicas em modo on, apresentações ao álcool feitas e isto vai ser uma animação. Só que não! 
Janeiro chegou! Este ganhou uma nova definição: o mês do terror! Começamos a olhar para o calendário mais vezes durante um mês do que durante o resto do ano e apercebemo-nos que vamos ter um mês dos diabos! Sim, porque como bons alunos que somos não ponderamos apenas os exames de época normal, mas também os da época de recurso. Convém mentalizarmo-nos mais cedo, numa tentativa de apaziguar um bocadinho a dor. 
Desde logo nos interrogamos “porquê? Porque é que eu não comecei a estudar mais cedo?”, mas de nada nos vale lamentar. E começam as promessas de que para o próximo semestre seremos alunos mais aplicados.

Os bares dão lugar ao estudo, e as imperiais ao café. 

Segundo o artigo do expresso “o lado bom da época de exames” – alto, afinal há algo positivo na época de exames – a época de exames torna-nos seres responsáveis: viramos autênticas fadas do lar e poupamos dinheiro.


O que o artigo quer dizer, basicamente, é que os exames nos transformam em seres antissociais, aprisiona-nos entre quatro paredes e até os cinco minutos para ir tomar o café necessário ao combate do sono estão cronometrados. Já para não falar que passamos o dia de pijama e o único acessório que usamos são mesmo as olheiras que ganhamos com as noites mal dormidas e dias passados com a cabeça enterrada nos livros. Mas atenção! Há sempre algo de bom a retirar da época de exames. Que sejam as notas, por favor! 



Amar é démodé

Sejamos francos, quem é que hoje em dia conhece realmente o significado do verbo amar?
Fazemos parte de uma geração em que amar é chato e só dá dores de cabeça! Já para não falar que, para começar, gastamos dinheiro em cafés, lanches, jantares e álcool como incentivo ao primeiro beijo e desculpa para alguma adversidade. Pesquisamos no Google “técnicas de engate”!; recorremos a sites de moda, talvez o problema esteja na nossa roupa, no corte de cabelo ou falta de maquilhagem a tapar as imperfeições. Instalamos um miniginásio em casa para abater as banhas e a chata da celulite que teima em não nos abandonar. Mas ainda não foi desta; pffffff.., fazer o nosso amor ser correspondido é uma missão (quase) impossível. Até que, sem quê nem para quê, rolam uns beijos e todas as incertezas dão fruto a uma felicidade. Felicidade efémera. O dinheiro gasto em cafés, lanches, jantares, maquilhagem, roupa e no álcool milagreiro valeu a pena, finalmente! Somos invadidas pelo sorriso parvo que desde logo nos denuncia. Acreditamos que temos um verdadeiro amigo ao nosso lado, ainda que se vá colorindo a amizade durante uns momentos. Não há aquele amor imenso, arrebatador e esmagador. Mas há uma pontinha de interesse e isso basta-nos, porque nos habituámos a contentar com pouco mesmo que se tenha batalhado durante dias, semanas ou mesmo meses. Quando gasta a saliva e o stock de preservativos, apercebemo-nos que afinal não passámos de um amor de conveniência

O dinheiro que um dia gastámos em cafés passou a ser gasto em tabaco. Um, dois, três, quatro cigarros… O tabaco é milagroso, ajuda a acalmar e sempre poupamos a louça e as paredes lá de casa - não queremos acrescentar novos pratos e copos às despesas; Bebemos para esquecer e os óculos de sol passam a ser os nossos melhores amigos para esconder os olhos inchados de tanto chorar. Contas feitas, o amor custou-nos dinheiro, horas de sono, e maus víciosTempo de enxugar as lágrimas, e vamos amar à século XXI.. não amando!